Porta-estandarte

 

 

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Az de Ouro

Como vem sendo meu hábito, fora do período carnavalesco, publico uma crónica sobre um detalhe do carnaval que mais me entusiasma no Brasil: os Maracatus. E raramente aparece a comida, tema principal das minhas crónicas. Não vou alongar-me sobre estes grupos pois já várias vezes o fiz. Podem ler a definição de maractus, como saber mais sobre Oxóssi, Oxum, Calunga, rainhas e balaieiros, clicando sobre estas palavras.

 

 

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Filhos de Iemanjá

Agora tenho vindo a editar detalhes relacionados com figurações e que são alvo de classificação individual para atribuição de prémios aos melhores grupos. Já escrevi sobre as Rainhas, os Balaieiros e desta vez será sobre os Porta-estandartes que abrem o desfile, muitas vezes antecedidos pelos Balizas.

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Kizomba

Na definição de Pingo de Fortaleza, no livro “Maracatu Az de Ouro”, 2007, escreveu: Com sua fantasia de luxo, comparável à dos príncipes do maracatu, faz lentas evoluções com o estandarte da agremiação, que normalmente tem dois metros de base por três de altura. Acrescento já que o Maracatu Az de Ouro, é o mais antigo a desfilar em Fortaleza, estando este ano a celebrar o 80º aniversário fundado, portanto, em 1936.

 

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Nação Axé de Oxóssi

Danielle Maia Cruz, no livro “Maracatus no Ceará”, 2011, descreve assim o desfile do Maracatu Nação Iracema: À frente do maracatu vinha um homem pintado de preto, trajando roupas brancas e portando na cabeça um turbante azul. Com desenvoltura, ele segurava um enorme cartaz de pano, denominado pelos brincantes de estandarte.

Calé Alencar, em “Origem e Evolução do Maracatu no Ceará”, 2008, faz uma definição breve: Carregando o estandarte, marca o passo e anuncia a presença do Maracatu. Também Raul Lody, no livro “A corte vai passar”, 2001, assinala os porta-estandarte na lista de personagens carnavalescas obrigatórias.

 

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Nação Baobab

Definição muito concreta e precisa é a de Sérgio Pires, no livro “Ispaia Brasa”, 2004, que afirma para o Porta-estandarte: Anuncia a presença de maracatu e, com o seu estandarte, marca o passo.

De facto, o porta-estandarte, tem a função de anunciar o grupo que chega. Habitualmente precedido pelo “baliza”, o porta-estandarte executa movimentos balanceados de acompanhamento da música produzida pelo batuque. É a primeira figura com pontuação individual para a classificação do grupo. Lembro que há seis quesitos para o concurso: porta-estandarte, rainha, balaieiro, loa, batuque e fantasia. Ao porta-estandarte exige-se uma compleição física capaz de manter o estandarte e com ele executar os movimentos de dança obrigatórios. Não é fácil fazer todo o percurso do desfile garantindo o equilíbrio, e a elegância, que música sugere.

 

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Nação do Congo

Nas fotos que apresento, desculpem a qualidade do fotógrafo, não é lícito nem razoável andar no meio do desfile e pedir aos porta-estandartes que façam pose. Assinalo com 10/10 os três que tiveram nota máxima este ano.

 

 

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Nação Fortaleza (10/10)

Aqui fica, mais uma vez, uma proposta para assistir a um Carnaval diferente, com raízes históricas, tranquilo e variado. Este ano com dois dias dedicados ao desfile de maracatus foi possível assistir tranquilamente em horários contidos, e facilitadores, a todos os grupos. Venham a Fortaleza fazer praia e assistir ao próximo Carnaval.

 

 

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Nação Iracema

 

 

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Nação Palmares

 

 

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Nação Pici (10/10)

 

 

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Nação Pindoba

 

 

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Rei de Paus

 

 

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Rei Zumbi

 

 

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Solar

 

 

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Vozes de África (10/10)

© Virgílio Nogueiro Gomes

As fotos estão colocadas numa sequência alfabética.

 

Maracatu SOLAR não participou na classificação.