Título: A Arte de Cozinhar Carne de Porco

Autores: Vitor Sobral e Edgardo Pacheco, Fotografias de Jorge Simão

Editora: Casa das Letras / Leya

ISBN: 978-989-581-659-0

Tive a sorte de ter participado no lançamento do livro, com almoço dedicado ao porco, e provado algumas receitas que se encontram no livro.

O porco é seguramente o quadrupede mais consumido em Portugal e, em algumas regiões, um dos elementos do cartaz gastronómico. Já no início do século passado que o célebre Abade de Baçal o considerada o verdadeiro “mealheiro” da economia doméstica. Longe vai o tempo em que era cultuado por vários povos, com representações públicas em escultura em pedra tendo como mais conhecida a “Porca de Murça”.

O livro junta dois escritores: Vitor Sobral e Edgardo Pacheco que dispensam apresentações. O primeiro é chef de cozinha bem conhecido e um dos que deu visibilidade à evolução da cozinha portuguesa, e o segundo é um jornalista reputado que se envolveu numa escrita seletiva da área de gastronomia com relevo para alguns produtos. Falta ainda o terceiro artista, o Jorge Simões com o prestígio bem conhecido na sua arte de fotografar.

O livro é composto por uma “Introdução” por Vitor Sobral e ainda um texto pelo mesmo autor dedicado a “Sua Excelência o Porco” e com subtítulo “A minha maneira de tratar o porco”. Segue-se com o texto “A Festa da Matança nas Ilhas” por Edgardo Pacheco. Temos de seguida os seguintes textos: “Leitão- Ricardo Nogueira à procura do leitão perfeito”, “O Porco no Meio de Nós”, “Juntamo-nos à Volta da Carne de Porco”, “A Prisca Salvou o Bísaro Beiroa”, “Três Casas de Fumeiro que Devemos Proteger”, “As Raças Portuguesas”, e depois as receitas (todas) com carne de porco e divididas pelos seguintes grupos: “Terrinas, Patês, Mouses e Conservas”, “Sopas”, “Afiambrados”, “Sandes”, “Entradas e Petiscos”, “Pratos de Família”, “Pratos Principais”, “Enchidos”, “Sobremesas” e “Bases”. Muito por onde escolher e poder ir para a cozinha. Mas o melhor é comprar o livro e ler, e experimentar.

Parabéns aos autores por esta obra indispensável, e de peso.

© Virgílio Nogueiro Gomes