Estória, um restaurante

ESTÓRIA, um restaurante

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Fachada do restaurante

Não é fácil frequentar um restaurante que acaba de abrir. Não que tenha receio do sucesso da execução culinária mas um restaurante não é só culinária e há muitos aspetos que contribuem para a vontade de voltar, desde que a cozinha seja correta. Lamentavelmente há restaurantes onde não apetece voltar e muitas vezes por questões do serviço que mesa, área a que os empresários de restauração nem sempre dão o devido valor. A brigada de mesa é em muitos casos a garantia da fidelização da clientela. Portanto, na minha vontade de frequentar restaurantes, deixo sempre que se afinem todos os detalhes e, se continuar a funcionar, aí apareço eu.

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Detalhe de um dos painéis de azulejos do interior

Neste caso já deveria ter vindo anteriormente pois conheço bem o percurso profissional do chefe / empresário Vitor Areias. É um exemplo de sucesso da já larga fornada de Mestres que terminaram o Mestrado em Ciências Gastronómicas da Universidade Nova de Lisboa. Agora com um projeto pessoal na Cruz Quebrada, local amplo e com zonas mais reservadas, e onde pode se pode solicitar menus especiais para grupos. Mas a surpresa é a carta do dia-a-dia. Cada vez mais aprecio uma lista, não longa, de propostas culinárias: três entradas, três peixes, três carnes, um vegetariano e três sobremesas. Ainda pode optar pelo Menu Estória, com cinco pratos a preço fixo. Propostas simples, que assim o parecem, mas que têm a subtileza de uma confeção perfeita e guarnições que completam, e ajudam à iguaria principal. Serviço discreto e eficiente. Tudo razões para apetecer voltar.

Eis o menu que degustei:

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Pão de trigo com caril e coco. O pão varia quase diariamente

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Creme intenso de ameixa com vinagre e azeite. Este creme também pode variar conforme os produtos da época

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Pasta de tremoço e pasta de carapau. Curioso e útil aproveitamento do tremoço!

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Salada de figos e queijo de cabra fumado. Grande equilíbrio na mistura, e delicado o creme de figos

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Salada de sapateira com alface iceberg, aipo e levístico (planta a cair em desuso e aqui bem utilizada)

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Cachucho com guisado de algas, e tomate, e molho de fígados de tamboril fumado. Excelente confeção do peixe, categoria de um peixe um pouco abandonada nos restaurantes

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