Carnaval e Street-Food

(Recebendo a fantasia com Pai Wagner)

Pois é, mais um Carnaval no Brasil, em Fortaleza. Esta é uma cidade que parece contraditória. Ainda mal saídos das Festas de Novo Ano e eis que pulula, um pouco por toda a cidade, o estrondoso Pré-Carnaval festejos onde parece toda a população apostar. Mas reparei neste entusiasmo e por duas tentativas que consegui fazer criou em mim uma força de não mais voltar. Para o Carnaval SIM. Fortaleza tem um Carnaval próprio do qual o desfile de Maracatu é o mais importante. Depois tem Cordões e Blocos, e ainda Afoxés e Escolas de Samba. Cada grupo com as suas características próprias, umas com sentido mais cultural do que outras, desfilam na Avenida Domingos Olímpio, com bancadas bem organizadas e muita diversão em volta.

Durante três anos, e disso dei sempre notícias, desfilei no Maracatu Rei de Paus. Por razões de prevenção de saúde, e devido ao peso da fantasia a que me habituara, decidi alterar a minha participação num grupo de Afoxé. Dirigi-me, por bons acidentes de amigos, ao Afoxé Oxum Odolá onde fui muito bem recebido e com o grupo me deixaram desfilar. Mais uma nova experiência, e muito enriquecedora. Muito embora o Afoxé seja oriundo da Bahia, tem raízes bem assentes no Ceará, e muito ligado a várias comunidades com tradições afro-brasileiras. Mas sobre Afoxé farei outra crónica brevemente.

(Desfilando)

Realmente no Brasil a alegria coletiva, o sentido da festa e diversão, são realmente diferentes e contagiantes. O Carnaval para mim também é festa apesar de ter pavor por multidões. Por isso assisti ao Carnaval em Salvador e não repeti. Encontrei em Fortaleza a tranquilidade simultânea com a diversão, a festa e a alegria. Claro que esta crónica se irá virar para a ausência de tradições alimentares ou a desistência delas. Não quis deixar de me envolver na animação local. Aqui seguem as fotos da alimentação que esteve próxima de mim com comentários nas legendas. Especial para o “cai duro” que comi até ao fim, sendo um cachorro quente com alface e milho, depois regado com maionese e ketchup, e ainda coberto com batatas fritas! Portei-me bem e comi até ao fim. A maior procura pareceu-me dirigida aos PF (prato feito), habitualmente arroz, feijão, farofa e um complemento de carne.