Eu gostaria muito de poder fazer um relato diário das minhas visitas ao PEIXE em Lisboa, mas não consigo. De qualquer forma estes meus relatos têm como principal objectivo despertar-vos a curiosidade e o apetite. Repito que não vou colocar adjectivos às minhas degustações. Apenas sugestões pela positiva. Se me for servido algo que não apreciei simplesmente o irei ignorar, caso que ainda não aconteceu.
Ao almoço dia 13 comecei no Panorama do Hotel Sheraton com umas “Vieiras lacadas com pimenta sehuma sobre um pudim de milho branco com espuma de maracujá”. Depois fui até Sesimbra, ao Ribamar, comer uma “Concha de Lavagante Gratinada” e terminei com uma fatia do “Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, do Mercado de Santa Clara. A seguir o inevitável café, cortesia da Nespresso.
Para jantar, e que jantar, fui para o coração de Lisboa, até ao Tavares, que para não perder o ritmo de peixe, comi um Salmonete da nova carta.
Dia 14 voltei ao PEIXE em Lisboa para almoçar. Deveria almoçar pouco pois a tarefa que me esperava, Concurso de Pastel de Nata, sugeria-me cautelas. Mesmo assim, comecei no Eleven com uma “Salada de Espadarte com Laranja”, depois na Fortaleza do Guincho comi uma “Ceviche de Pargo da Costa Algarvia com Lima e Gengibre” e deveria terminar aqui. Mas não resisti a uma “Bola de Sardinha, Salada Bio” do restaurante Confraria da York House.
A partir das 15h00 começou o Concurso do Pastel de Nata a que compareceram doze concorrentes. Organizado pela Confraria do Pastel de Nata com a alma do Vicente Themudo de Castro. Tarefa difícil para o júri de que fiz parte. Depois das provas e respectivas reflexões foram apurados os três primeiros classificado: 1º - Pastelaria Suíça, 2º - Casinha do Pão e 3º - Hotel Altis. Parabéns aos vencedores.
Depois assisti à apresentação do chefe Beto Pimentel, cheia de emoção, com apresentação de frutas e sua utilização culinária. Pena que aqui não as encontramos mas a apresentação foi um desafio para as encontrar no Brasil.
De seguida o ponto mais alto, e elevado, do dia. José Avillez, no seu melhor estilo fala-nos das heranças e das memórias e propõe-nos assistir pela primeira vez ao resultado de um apurado estudo e aplicação de “cozinha levitante”. Surpresa na sala, apagam-se as luzes, surge um projector para iluminar o detalhe e eis que “estupefactos” comprovamos a “levitação de um joaquinzinho”. Aplausos para a proeza de José Avillez. Para não estragar a surpresa não apresento foto deste evento. Tem que se assistir ao vivo. Outros compromissos impediram-me de poder ficar até ao final da apresentação…
Visitem o PEIXE em Lisboa.
BOM APETITE
© Virgílio Nogueiro Gomes