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Autor: Nuno Barros (Receitas)

 

Editora: Bertrand

 

 

Quem anda perto de mim não acreditará que estou a sugerir este livro. Como sabem não tenho por hábito sugerir livros de receitas. Neste livro encontramos muitas receitas, mas também outros textos que revelam o entusiasmo, as emoções, as provocações e as irreverências simpáticas deste restaurante, quer dizer, dos seus patrões.

E essa irreverência, saudável, que é bem recebida pelo pouco sentido de humor que caracteriza os portugueses, associado a muitas invejas e más-línguas. E começa com a capa, e a cinta de cobertura. E depois a grafismo de todo o livro que, se por um lado lembra os antigos cadernos de receitas de famílias que tantos segredos guardavam, por outro a paginação moderna e ousada transporta-nos para um conceito novos de livros de cozinha. Também são um caderno de cozinha (e lembro-me dos de Michel Bras), como que a descomplicar a linguagem complexa de alguma nova cozinha e experimental como o título indica.

São notáveis os editoriais do Bernardo na revista da “2780 Taberna impressa”. Esperemos que isto seja o aperitivo para as publicações futuras a editar.

Para além das receitas leiam algumas das emoções que pretendem transmitir aos clientes: “A preparação é feita com um carinho maior do que uma massagista tailandesa relaxa um ocidental. Toda a confecção é temperada com rigor. E finalmente, no empratamento, cada prato que sai da cozinha sai com dedicação, qualidade, beleza e sobretudo amor. Aliás, nós damos um beijo no rebordo de cada prato assim que sai da zona de empratamento”.

Para o Nuno Barros os cumprimentos pelas receitas, para a Lúcia Moniz aplausos pela montagem e edição de arte. Ainda para a Mafalda Esteves, José Moreira, Gastão da Silva Ferreira e Susana Andrade os meus parabéns.

Comprem já.

 

© Virgílio Nogueiro Gomes