A convite do meu amigo Paulo Amado, e com a companhia do Nuno Diniz, lá íamos almoçar a um destino desconhecido. Apenas sabíamos que era nas proximidades da Ericeira e, decerto, iríamos gostar. Pelo caminho ia reclamando que havia outras soluções de percurso que nos levariam de forma mais rápida à Ericeira. Sem resposta concreta às minhas questões, lá passámos por Odrinhas, e deixei de propor sugestões de estradas. E ainda bem. Não íamos à Ericeira, seria lá perto, e o objetivo era surpreender-nos. Deparamos com uma casinha de aldeia, muito branca, todo o exterior muito bem arranjado, uma cancela que apenas marca o território, uma horta e eis que chega a surpresa, o proprietário, o chefe Júlio Pereira que nos aguardava para almoçar. Afinal não era um restaurante mas a casa, herdada dos Avós, de um chefe com sala especial onde recebe os amigos. Mas o Júlio tenta ser auto-suficiente. Uma boa horta, um pequeno pomar, uma pequena criação de galináceos e coelhos, faz licores, faz o pão e ainda produz um pouco de vinho do qual também aproveita para fazer vinagre. Usa ainda alguns ingredientes que o marcaram durante a sua estadia profissional em África. Não tem intenções de se aventurar em relação aos peixes pois o mar tão perto… pareceria um absurdo. Após chegada acompanhámos o Chefe ao seu forno para assistir a entrada da massa, no forno, que daria o nosso pão para o almoço.

(Júlio Pereira levando o pão ao forno)

Depois de uns aperitivos, no exterior, constituídos por Pasta de Fígados e tomilho fresco, Paté de Sapateira, Atum de Sangacho, Azeitonas temperadas e Tremoços, entramos para a sala /cozinha para ser servido o almoço. Esta sala está equipada para poder receber, confortavelmente, até dez pessoas, e está organizada para eventuais ações de formação de cozinha ou simples demonstrações culinárias.

 

(A Cozinha)

(Pasta de Fígados e tomilho fresco, Paté de Sapateira e Atum de Sangacho)

 

((Codornizes de Escabeche Branco)

 

(Tibornada de Bacalhau com Vinagre caseiro)

(O Nuno Diniz e eu aproveitámos para apoiar a campanha contra o talher de peixe)

(Carpacio de Touro Bravo com Queijo Ilha e Ossame)

(Estaladiço de Farinheira com Queijo Ilha e Uvada)

Depois do Estaladiço, foi servido um Arroz de Polvo que, por erro deste vosso escriba, não ficou registada a foto correspondente.

 

(Rabo de Boi, Molho de Hortelã com Canela, Morilles e Puré de Batata)

(Arroz Doce com Ovos Caseiros)

 

(Pera Rocha do Oeste cozida em Caldo de Uvada)

 

Para além de um repasto agradável, o momento deu origem a uma animada conversa, sem tempo controlado, para discutirmos sempre as opções que nos foram servidas, e questões desta atividade nos tempos, complicados, que se vivem.

(O belo e delicioso Pão que nos foi servido e do qual assistimos ao cozimento)

Para esta refeição bebemos um vinho único para toda a refeição: Vinho tinto Cabeça de TOIRO DOC Tejo, Reserva 2008.

Para experiências semelhantes, ou à vossa escolha, podem sempre desafiar o Chefe Júlio Pereira pelos contactos:

Telemóvel 967 072 529

Ou

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BOM APETITE!

© Virgílio Nogueiro Gomes