(Dias Lopes com o seu Troféu)

Decorreu hoje, 12 de abril de 2011, uma homenagem ao jornalista J. A. Dias Lopes. É uma tradição do PEIXE EM LISBOA homenagear uma personalidade que se destaque pelo seu envolvimento em prol da defesa e divulgação da gastronomia portuguesa. Depois de Maria de Lourdes Modesto, José Bento dos Santos e David Lopes Ramos, coube este ano a oportunidade de qualificar um “estrangeiro” cheio de costados portugueses.

Escrever sobre o homenageado não é fácil quando se trata de um amigo que aprendi a respeitar e a manter uma relação de partilha de conhecimentos desta área gastronómica. Durante muitos anos jornalista e repórter da revista Veja, fundador da revista GULA, e seu diretor até ao começo de 2009, da qual se afastou para fundar a nova revista GOSTO que é um exemplo de qualidade de conteúdo e um aspeto gráfico de alto nível. É também cronista do jornal O Estado de S. Paulo. Publicou os livros “A Canja do Imperador” e “A Rainha que virou Pizza”. É apreciável a sua escrita que procura sempre evidenciar as origens da comida e do seu receituário dando-lhe sempre um cariz cultural. Ao estudar a cozinha brasileira “tropeça” constantemente nas origens portuguesas que desenvolve com boa argumentação quando muitos, hoje em dia, gostam de se afastar ou esquecer as origens lusitanas. A história, na sua versão, não se re-escreve. A história esclarece-se, juntando-se-lhe detalhes. Mas, para além dessas incursões às origens, Dias Lopes é um grande defensor das “coisas” portuguesas e, por isso, bem justificada esta homenagem.

A homenagem teve dois eventos. O primeiro foi um almoço entre amigos cuja confeção esteve a cargo de três grandes chefes que também o quiseram homenagear: Leonel Pereira, Justa Nobre e Joachim Koerper, e decorreu no Restaurante Terreiro do Paço. Depois seguiu-se uma sessão no auditório do Pátio da Galé onde Duarte Calvão apresentou o homenageado e justificou a atribuição deste galardão. Para marcar o evento foi entregue ao homenageado uma peça única e exclusiva de porcelana da Caldas da Rainha constituída por um vaso de cor amarela e decorada com réplicas de mexilhões.

PARABÉNS a DIAS LOPES.

© Virgílio Nogueiro Gomes

(Durante o almoço, Vitor Costa, Dias Lopes, Duarte Calvão e Domingos Soares Franco)