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(Creme brulée de laranja)

 

Já afirmei várias vezes que não faço crítica a restaurantes. Em capítulo próprio apresento alguns que gosto de frequentar, não sendo uma lista completa. No entanto, e lamentavelmente, já fui obrigado a retirar dois restaurantes que costumava frequentar quando a sua qualidade teve quebras irreparáveis. Não escrevo crítica, mas sou muito crítico. Quando há reparos a fazer, faço-os directamente no local, sempre que me parece que a solução é fácil ou viável, nunca usei o Livro de Reclamações, e quando percebo que o mal acontecido não se me afigura “reparável”, faço o papel do cliente que não reclama mas que não volta, que é o maior castigo que se pode fazer a um restaurante.

Portanto sempre que apresento iguarias que comi, e não lhe aplico adjectivos ou classificações, é porque valeu a pena. É uma forma de sugerir que também as apreciem.

Também não tenho o hábito de ser repórter de notícias de comezainas ou relatos de eventos. Poucas excepções, e aqui vai uma.

Recentemente fui convidado para um jantar intitulado “”Tapas Gourmet” no restaurante Flores do muito simpático Bairro Alto Hotel, em Lisboa. O objectivo deste jantar era a divulgação da nova programação do restaurante que, todas as 5ª feiras, passa a ter um menu degustação constituído por quatro entradas, um prato quente, três sobremesas e café, tudo por € 38,5. No comando da cozinha está a Chefe Luis Rodrigues que tem já uma carreira de mérito.

Para vos abrir o apetite aqui vai a ementa do jantar no qual participei, e que também tive a sorte de ter um grupo de companheiros de mesa, que apetecem sempre.

Lascas de presunto Pata Negra, pão rústico tostado e piso de coentros

Taco de foie-gras com caramelo de maracujá e massa filo crocante

Canelonni de rosbife com aipo, maçã e creme de mostarda

Vieiras com molho de gengibre e alcachofras

Lagosta em manteiga montada e espargos verdes, alho francês frito

Cherne, Pack shoy e gema trufada

Cone de mousse

Macarons

Creme brulée de laranja

Serviço de mesa muito agradável, situação que vai rareando. Só não sei se esta refeição se deva chamar de “Tapas”. A busca de um termo mais português deve merecer a mudança.

© Virgílio Nogueiro Gomes

Facilidades de acesso para deficientes motores.

SET 2010